quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

“Ensina-me a vencer; se não puderes, ensina-me a perder bem.”
  
   Lin Yutang – Escritora chinesa (1895-1976)


Para a agressão ao árbitro Marcos Paulo podemos encontrar vários motivos. Quanto as conseqüências da desorganização da Copa Rural, podemos, também, enumerá-las:

1-O comitê organizador não está preocupado com a segurança dos profissionais que atuam no gramado, nem com a integridade da torcida. O resultado é a invasão do campo no fim do jogo, colocando em risco a vida de senhoras, mães de família, esposas e crianças, que presenciamos dentro do campo durante a invasão do último domingo...

2-O comitê organizador não está preocupado em cumprir rigorosamente o regulamento criado e aprovado por ele próprio e pelos clubes participantes. Resultado: Gera insatisfação e desconfiança, colocando em descrédito a competição e os resultados das partidas, que muitos atribuem ao árbitro. Usando um exemplo simplório: É como reclamar com o trocador pelo aumento da passagem do ônibus...

3-O comitê organizador não se preocupa com a psicologia da relação sentimental que une clube e torcida. Qual é o real significado da palavra torcedor? É aquele que torce os fatos. Resultado: O juiz será sempre o culpado pela derrota, por mais que ele se esforce em fazer um trabalho honesto, como é, em especial, o caso do árbitro em questão...

4- O comitê organizador não se preocupa se o árbitro vai apitar certo o impedimento de um jogador, mesmo sabendo que não há bandeirinhas para o auxiliar. Resultado: A torcida se inflama e o jogador toma satisfação com o juiz, dando esbarrões, proferindo palavrões com o dedo indicador em riste, ameaçando-o constantemente, deixando-o instável e mais vulnerável aos erros...

5-O comitê organizador não avalia a condição psicológica do jogador para saber se ele tem condições de suportar a pressão, que muitas vezes vem com a derrota. Mas, criou um regulamento que o expulsa, definitivamente, da competição por agressões ao árbitro. O problema é que não cumpre. Em contrapartida, o próprio árbitro, agredido, não registra ocorrência na delegacia. Resultado: A certeza da impunidade e surgimento de novos agressores...

As agressões ocorridas no último domingo tiraram o espaço que seria dedicado aos times que ganharam jogando futebol, mas abriram uma discussão, que deve ser levada para sala de reuniões dos organizadores da Copa Rural, dirigentes dos clubes, jogadores e, principalmente, para o Comando da Polícia Militar de Nova Friburgo, que deve enviar, pelo menos, dois militares para as partidas finais, sem os quais não deveria haver tal disputa.

A outra parte do problema pode ser resolvida com a torcida refletindo sobre algumas questões: A invasão de campo e a agressão ao juiz são o melhor que você pode fazer para melhorar o futebol? Assim como festejamos a vitória não devemos aprender lições com a derrota e entender que o adversário foi melhor naquela partida? Podemos nos inspirar nos aspirantes do Estrela do Mar, considerados, por muitos, como virtual campeão, mas que perderam de cabeça erguida. Parabéns aos garotos do Estrela, vocês são craques de bola e campeões de postura esportiva...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Atenção! Senhores organizadores: Isso não é FUTEBOL...



Com a permissão dos meus  leitores, informo que não escreverei sobre a Copa Rural, por 48 horas, em repúdio aos episódios lamentáveis da última rodada.