ELE CUMPRIU A PROMESSA
SÓ MORTO SAIREI DO CATETE
No Palácio do Catete, então sede do governo federal no Rio de janeiro, às 8 horas, do dia 24 de agosto de 1954, o presidente Getúlio Vargas cometia o suicídio, com um tiro de revólver no peito.
O jornal Última Hora, fundado pelo jornalista Samuel Wainner com a ajuda de Getúlio, apenas acrescentava ao título, publicado no dia anterior, o subtítulo da manchete fúnebre: Ele cumpriu a promessa. Jornalista mais íntimo do poder, Samuel ouvira da boca do próprio presidente a histórica ameaça.
O jornal Última Hora, fundado pelo jornalista Samuel Wainner com a ajuda de Getúlio, apenas acrescentava ao título, publicado no dia anterior, o subtítulo da manchete fúnebre: Ele cumpriu a promessa. Jornalista mais íntimo do poder, Samuel ouvira da boca do próprio presidente a histórica ameaça.
Com este ato de coragem, Getúlio adiava o movimento de tomada de poder, que só aconteceria 10 anos mais tarde, em 1964. Sobre esse fato da história política brasileira, Nelson Rodrigues escreveu:
"Getúlio estourou o coração, mas preservou sabiamente a cara para a História e para a lenda. Pelo vidro do caixão, o povo espiou o rosto, o perfil intactos. O povo precisa ver seu líder morto. Nada, nem medalha, nem estátua, nem cédula, nem selo substitui o último rosto, o rosto morto."
"Getúlio estourou o coração, mas preservou sabiamente a cara para a História e para a lenda. Pelo vidro do caixão, o povo espiou o rosto, o perfil intactos. O povo precisa ver seu líder morto. Nada, nem medalha, nem estátua, nem cédula, nem selo substitui o último rosto, o rosto morto."
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