As tradições culturais de um país
ajudam, de forma indelével, a construir a personalidade e o orgulho de um povo.
Definido nas suas tradições históricas, Cuba preserva suas memórias e dá
respaldo a consciência política, permitindo, assim, a abrangência e o
reconhecimento internacional quando o assunto é a crítica ao sistema. Veja como
se destacou a blogueira Yoani Sánches. Notoriedade que dificilmente alcançaria
um crítico ao regime brasileiro.
O famoso “canhonaço”, evento que acontece todos os dias no forte de
Habana, é motivo de orgulho para os cubanos. Dotado de um museu arqueológico, onde se pode
visitar a sala de comandância em que Che Guevara despachou na chegada dos
revolucionários, a fortaleza, de colonização ibérica, inicia o evento às 20:40
horas. Cerca de cinquenta jovens, com suas indumentárias típicas de soldados do
século XIX, desfilam com armas e, ao som das típicas batidas militares, de
tambores e trompetes, dão origem a encenação secular, lembrando a guerra da
Independência, declarada em 10 de outubro de 1898.
Os soldados marcham a um ponto mais elevado do forte, com vista para Habana, e, obedecendo
a um protocolo iniciado em meados do século XVIII, encenam a explosão de um
canhão. Após os aplausos do público, constituído em sua maioria por turistas, a
marcha militar retorna pelo mesmo caminho, pondo um ponto final ao evento. O
ingresso para o canhonaço, que é repetido diariamente, exceto em dias chuvosos,
custa $ 5 pesos convertidos para o turista, cerca de R$ 21 reais.
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