À beira do campo dois técnicos
com estilos, estratégias e objetivos antagônicos: de um lado, Chico Duro, do
Estrela do Mar, com sua habitual elegância, do outro o simplório técnico
Gilmar, do São Lourenço, vestindo bermuda jeans, bonezinho, camisa do clube,
doada pela SAF, e sandálias havaianas. Diferenças à parte, esses personagens do
futebol rural se equivalem pela capacidade de convencer e orientar equipes ao
tempo preciso e limitado de apenas 90 minutos do jogo oficial. O que já lhes
garante o elogio de terem levado suas equipes para a grande final da Copa
Rural. Lembrando que no futebol amador não há preleção, preparação física, treino
técnico ou tático. O que exige desses
professores uma postura maior de liderança.
A façanha alcançada por uma
autêntica equipe roceira, como admite o próprio técnico do São Lourenço, que ao
vencer o poderoso Vargem Alta dentro de casa, conquistou a vaga para esta
final, é reconhecida por todos, inclusive diretores, jogadores e o técnico do
Estrela do Mar: “Se chegou até aqui é porque tem qualidades”, observou Chico
Duro.
Já o técnico Gilmar foi taxativo:
“ O São Lourenço é a única equipe tipicamente roceira. Não tem jogadores de
fora, são todos realmente da roça. Conquistamos a vaga para essa final na
vontade e na raça, atitudes que não vão faltar contra o Estrela, garanto. O
Vargem Alta quis jogar no sapatinho, não deu certo.”
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Texto e Foto Paulo Toscano
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