Em uma entrevista descontraída, André Henrique de Souza, conhecido
como Nego Dé, nos revelou um pouco de sua história e de sua carreira.
A paixão pela música foi herança de seu pai, mas, como teve
uma infância humilde, esse amor foi se desenvolvendo graças a Escola de Samba
Unidos da Saudade, onde começou a aprender percussão com apenas oito anos. Com
o passar dos anos foi aprendendo a tocar violão e bateria.
Próximo de completar 14 anos, Nego Dé foi convidado a fazer
parte de uma banda chamada “Frutos da Serra”, atualmente extinta, mas que
rendeu muitos frutos.
Há um ano, Nego Dé tem se dedicado a sua carreira solo,
fazendo diversas apresentações em São Pedro da Serra e pelo mundo a fora. Mais
de 200 cidades tiveram o prazer de apreciar o seu talento; e ele fala cheio de
orgulho o lugar que mais gostou de se apresentar: "Para os argentinos a música brasileira é muito valorizada e tem um retorno excelente do público, por esse motivo foi muito
gostoso tocar lá”, revelou o músico.
Nego Dé se apropria da letra de Milton Nascimento e
determina: “O artista tem que ir onde o povo está...”
A música que mais
gosta de tocar em seus shows é “Jorge da Capadócia” e a mais pedida em suas
apresentações, “Olhos Coloridos”, nos revela o irreverente cantor.
Sua carreira acumulou várias experiências musicais como a
grande oportunidade de tocar com Cassia Eller e outros nomes da música popular
brasileira. A sua principal fonte de inspiração e admiração é o cantor Gilberto
Gil.
Para finalizar, perguntamos: qual a maior tristeza e a maior
alegria? Como resposta, o cantor surpreende mais uma vez. “Perder nomes importantes
da musica brasileira, como Cazuza, Cassia Eller e Renato Russo”. Quanto a maior
alegria da musica, respondeu: “Nego Dé”.
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Sob a supervisão do professor de fotojornalismo da UCAM de Nova Friburgo, Paulo Toscano, alunos de jornalismo entrevistaram e fotografaram importantes personagens de São Pedro da Serra e Lumiar. Irreverente e talentoso, o cantor Nego Dé é o símbolo do que há de melhor na música dos distritos de São Pedro da Serra e Lumiar, incorporando, com a raça que lhe é peculiar, o swing da música negra em magníficas apresentações solo (voz e violão) ou especiais como percussionista. Na próxima entrevista, concedida as alunas Tainá Azevedo e Sara Esteves, leia sobre o poeta louco de Lumiar, Flávio Nascimento.